quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Adeus, 2010...

...E seja bem-vindo 2011!

Este é o meu último post do ano. Retrospectivas? Planos? Sorrisos e lágrimas misturados? Talvez um pouco disso tudo.

O importante para esse novo ano que se inicia é (re)descobrirmos nosso lugar no mundo. Quem somos? Por que estamos aqui? O que fazer para tornarmos nossa jornada mais leve e profunda? Como encontrar as pessoas que nos fazem bem e que nos ajudam, e também ser capaz de reconhecer as motivações de nossos sonhos pelo caminho diário de nossas vidas?

Acredito que devemos deixar que nossos valores e sonhos nos guiem no rumo do futuro. Encontraremos dificuldades pelo caminho, assim como as maneiras de superá-las. Teremos, se dignos de merecer, sempre pessoas boas ao nosso lado, nos ajudando a superar os desafios, nos ensinando, nos dando colo e ombro nas horas difíceis e sorrisos nos momentos de alegrias. O sol, a lua, o vento, a chuva e o perfume das flores estarão sempre ali presentes (pelo menos assim espero!), nos mostrando o quanto somos pertencentes a esse mundo. O quanto estamos conectados e que, também por isso, devemos ser/estar neste mundo de maneira mais responsável.

O que espero do próximo ano? Vida e paz. Quero bem aos que me fazem bem. Sem demagogias, só quero me cercar do que me faz bem! Quero fazer o bem da maneira máxima que eu puder. Quero poder realizar meus planos pessoais e profissionais. Quero ter saúde! Quero distribuir abraços e sorrisos. Quero poder ser/estar melhor nessa vida e nesse planeta.

Aos meus familiares e amigos: quero aquilo que for de melhor! Desejo saúde a quem precisa e conforto ao coração aos que também precisam. Nada melhor do que fazer o bem e por isso, desejo aos meus mais solidariedade e força para viverem suas vidas.

No mais, que chegue logo esse 2011! Por que se estamos aqui e viemos até aqui é por que temos muitas coisas lindas para viver e muito amor ainda pela frente.

Paz, amor e um mundo melhor para todos!

domingo, 24 de outubro de 2010

eu leio sim..e vou vivendo...e pensando..e mudando!

hahahahahahahahaha..faz-me rir campanha eleitoral!


Engraçado que tem gente que nem sabia quem era a Dilma e vem falar coisas bonitas dela...como se a vida inteira ela estivesse ali, por perto, fazendo muito por todo mundo...como se ela não tivesse sido fabricada as pressas pra essa eleição.....tá..ela foi ministra, militante, etc...mas o que de fato ela fez pelo povo brasileiro que clama por ela amores-de-uma-vida-toda?!

Ou então (e eu já to cansada desse tipo de discurso!) comparação de governos. Como se esta fosse a única 'arma' (sim, pois eleição parece uma guerra!) para se ganhar mais votos...comparação não serve mais...as pessoas precisam de ideais, de sonhos, de esperança (acho que o próprio PT esqueceu do tema 'a esperança venceu o medo' que deu a Lula a oportunidade de governar o país) ...

Ou então, e não se ofendam os poetas/filósofos/teológos/músicos/jornalistas, com isso (até porque acho que eles aqui no neste blog nem vão entrar), mas escrever coisas lindas e belas, cheias de palavras inspiradoras e revestidas de um vasto teor histórico e patriótico, para se valer do respaldo que tem pela profissão (formadores de opinião) e angariar à sua causa, mais votos de pessoas que os admiram (e que em época de eleição se enchem de teorias e conhecimento de causa da história recente do país) para defender e muitas vezes impor sua opinião...isso não é artistico, poético ou informativo, isso é a fabricação de uma cultura de massa...sem opinião própria, mas que encontram nas belas palavras e arranjos coesos de seus textos, algum motivo para votar em seja lá quem for...até na Dilma...até no Serra...

Bem, e se leio jornais, revistas, livros de história, sites da internet, bulas de remédios, propaganda eleitoral nas ruas que poluem visualmente, etc e tal, é porque quero através dos diversos ângulos disponíveis, enxergar... e só assim, formar a minha opinião...

E ela muda, como eu, mas porque eu mudo...não porque me mudam... ;)

domingo, 15 de agosto de 2010

E ainda chamam isso de desenvolvimento...

Amanhece o dia e procuro as notícias de hoje. Ao que vejo na capa de um jornal eletrônico local uma matéria de destaque: " 32 mil novos veículos nas ruas da Capital". Fico espantada com os números da chamada e vou ler a matéria. Ver mais detalhes em Diário do Nordeste.

E num é que era verdade mesmo. Através de dados Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores no Ceará (Fenabrave/CE), a pesquisa revela que o mercado de automóveis na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, ainda está aquecido mesmo depois do fim das isenções do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados, cujo o Governo Federal isentou de cobrança do imposto muitos desses produtos com a intenção de aquecer o mercado interno na época de crise financeira internacional).

Segundo a matéria, existem várias explicações para isso, mas não vou me atentar aqui em reescrevê-las, bastando acessar o site e conferí-las. Vou procurar aqui dar a minha visão crítica sobre o assunto.

Não tenho carro e sinceramente sinto muita falta de um em alguns momentos e dou graças à Deus de não ter um em outros. Vou explicar.

Pra que conhece Fortaleza sabe que as vias de trânsito não dão conta nem dos carros já existentes, quanto mais essa nova frota recebida depois desse programa de isenções do governo. As vias, que além de estarem em sua grande maioria em péssima qualidade de manutenção (buracos, falta de sinalização vertical e horizontal,etc) ainda contam com grandes engarrafamentos pela quantidade de veículos de pequeno porte, além de motos e bicicletas que somados, formam do trânsito da cidade, um verdadeiro caos!

Não existe a prioridade do transporte público, as pessoas sentem necessidade de ter um carro. Caso elas pudessem ter um, com certeza optariam por transporte particular, ao invés de depender de transporte público. O transporte público além de estar em péssimas condições, não suporta a capacidade de pessoas, tem profissionais que trabalham em regime desgastante (atualmente estamos passando por mais uma greve de motoristas e trocadores em menos de 50 dias!). Além disso, o atraso de obras estruturantes como as do Metrofor, que promete integrar a cidade com transporte ferroviário, prejudicam ainda mais a circulação devido ao grande números de desvios e trechos interditados próximo as principais vias de acesso dos fortalezenses. Isso sem contar nos bilhões já gastos por esse projeto, que quando finalmente estiver pronto, já se encontrará atrasado, aquém das necessidades atuais da cidade.

Isso sem falar nas ciclovias. Não existe quilometragem suficiente para a demanda, e além disso quem se aventurar a andar de bicicleta (com a idéia de ter grandes benefícios à saúde e ao meio ambiente, além de economizar dinheiro com passagem ou gasolina), irá encontrar ciclovias em péssimo estado de conservação, com acúmulos de lixo e com grandes buracos, e ainda a falta de poda das árvores do canteiro central prejudica muito os ciclistas. Muitos dos poucos que ainda insistem nesse tipo de transporte, preferem se aventurar entre os carros e pedalar nas faixas para veículos, seja pela ausência de ciclovias ou pelo péssimo estado de conservação. A iluminação das vias também deixa muito a desejar, pondo em risco a segurança e a integridade dos ciclistas e pedestres.

Outra questão que é muito grave para o trânsito das capitais é a insegurança, tanto de pedestres, ciclistas, passageiros ou motoristas. O número de casos de assaltos, arrastões, roubos e até mesmo homicídios na capital cresceu nesses últimos anos. Basta ler o jornal diariamente que iremos encontrar notícias sobre a violência sofrida pelos usuários de transporte público e também pelos motoristas de carros e ônibus. Roubos e furtos (a mão armada ou não) dentro dos coletivos já se tornou corriqueiro. Falsos flanelinhas abordam com violência, principalemnte mulheres, nos sinais de toda a cidade. O fortalezense, o trabalhador, a dona de casa e os estudantes, se locomovem com temor pela cidade, sem saber se vão voltar pra casa, da zona norte até a zona sul. Não existe tranquilidade pra quem precisa enfrentar diariamente o trânsito da capital da terra da luz.

As pessoas se espremem nas grandes filas formadas nos terminais de ônibus da cidade para poder conseguir lugar nos ônibus da cidade. É um empurra empurra, onde os assentos preferênciais não respeitados, fazendo com que muitos idosos, gestantes, deficientes físicos e obesos, tenham que se segurar de qualquer maneira, pois a falta de educação das pessoas é tremenda. Além disso, o motorista que deveria zelar pelo respeito a esse direito, finge que não vê e muitas vezes ignora esta situação, permitindo que a falta de respeito seja considerada 'normal'.

Bom, poderia listar aqui mais e mais exemplos do verdadeiro caos que é o trânsito de Fortaleza. Mas isso rende outro post. Bom, mas o que me deixa mais triste é que ainda existem pessoas (muitas) que ainda chamam isso de desenvolvimento...



quinta-feira, 29 de julho de 2010

E voltar pra casa é muuuito bom!

Antes da viagem, preparação. Fazer as malas, listinhas disso e daquilo, enfim, pegar tudo. Ter cuidado para não esquecer nadica de nada daquilo que é realmente essencial (mesmo que volte pra casa sem nem ter sido usado, rs). Momentos bons esses que antecedem uma viagem, principalmente se for aquela das merecida férias, é um misto de aventura e ansiedade das boas!

Finalmente chegou a hora do momento tão esperado acontecer: a hora da partida. Será que num esqueci de nada? Como é que vai ser? O que fazer primeiro quando chegar lá? Bem, uma oraçãozinha pra que tudo ocorra bem é sempre válida.

Conhecer lugares e pessoas, aventurar-se, permitir-se, deixar acontecer...O inesperado sempre acaba acontecendo, às vezes é bom, outras vezes nem tanto. Mas viajar é isso e muito mais. É conhecer a si mesmo mais e mais, lugares e características próprias antes adormecidos. Lidar com o improviso, fazer as coisas da melhor maneira e relaxar. Fotos e fatos pra sair da rotina e pra guardar de lembrança.

Viajar é bom e faz muito bem. Novos ares, dar um gás no espírito para, enfim, voltar pra casa (que por sinal é muito bom também!).


segunda-feira, 12 de julho de 2010

O vôo da fera indomável

A alma que voa é indomável
é uma fera faminta por liberdade
e que sacia sua sede nas gotas das nuvens.
Mesmo vestida de pele e osso
mesmo tendo o sangue quente de seu manto
como seu tempo de permanência
e os pés como âncoras da carnal existência.

A fera indomável não suporta as amarras da dor
seu instinto é fluir, não pesar.
E tão natural quanto dormir e acordar
é a alma permitir-se voar.

E no alçar do vôo, meus amigos
ouve-se o som da mais perfeita harmonia
da mais bela melodia que já se ouviu.
Há quem diga, meus amigos
que é como o sussurro divino
nos ouvidos apurados da alma.

E lá de cima, em pleno vôo,
plainando no infinito,
tudo é mais claro, tudo é mais leve.
E todo o resto faz sentido.
Não há dor, não há pesar.
A fera agora é a sua própria essência,
É a liberdade
É o amor.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Em busca de renovação...

Antes de mais nada, desculpem-me pela ausência neste espaço. Não andei postando ultimamente, aliás, faz muito tempo (desde maio!).
Sem adentrar muito nas razões da falta de atualizações, posso dizer apenas que foram dias agitados. E intensos. Pois bem, como acredito que todas as nossas vivências nos servem para o nosso crescimento, o que posso, resumidamente dizer, é que cresci. Às custas de esforço pessoal, acaso, certas doses de suor e lágrimas, outras tantas de sorrisos, mas acima de tudo, querendo crescer.

Estive em busca de renovação. E pasmem, não é muito fácil. Trocar as cascas e curar certas feridas exige muita disponibilidade, além de tempo e amor próprio. A única coisa que posso afirmar é que crescimento e renovação exigem, além das já citadas características, algumas que considero mais importantes, e são elas: dedicação, coragem, boa vontade e bom-humor. Vejamos uma a uma.

Dedicação: Estabelecer uma motivação, essa é a grande sacada. Deve-se entender aqui motivação como modelo de comportamento, um modo de agir e pensar. Nesta busca, errar e acertar fazem parte, o que importa é o caminho. E será ele (o caminho) na maioria das vezes a própria motivação. E para que tudo ocorra como se pensa, ou no mínimo se aproxime, precisa-se de doses cavalais de dedicação. Dedicação a sí mesmo e ao caminho, que nem sempre é florido, mas contém muitos invernos difíceis pela tragetória.

Coragem: Acreditar em si e ouvir cautelosamente o medo. Ser corajoso não é o mesmo que ser destemido. Ter medo é natural, e até certo ponto muito importante. O medo é o sinal de alerta, é o "presta atenção", entendido pelo corpo e pela alma. Agora, ser corajoso é considerar esse medo antes de tomar decisões, pesar as alternativas e só assim tomar uma decisão. Eu diria que para se ter coragem precisa-se de medo. É preciso considerar o medo, mas prncipalmente, considerar as diversas possibilidades que uma ação corajosa nos abre pelo caminho.

Boa Vontade: Querer e Fazer: da melhor maneira. Muitas vezes desejamos, mas não fazemos. Outras vezes, não desejamos e fazemos. Ou ainda, desejamos e fazemos. A diferença está em como o fazemos. A boa vontade é a maneira mais acertiva para se solucionar um problema (mesmo o mais complexo). Não é do tipo de coisa que se impoe ou se disfarça: ou se tem ou não se tem. Ter boa vontade é ter fé, é acreditar que algo vai dar certo, mesmo que custe tempo ou esforços. Não se pode ter boa vontade sem ter fé. Não há limites para atitudes positivas com boa vontade. Não se pode crescer sem boa vontade.

Bom-humor: este é o segredo. Sorrir mais até que ajuda, mas o que funciona mesmo é rir de si mesmo. Quando erramos raramente tornamos esse momento uma oportunidade positiva para algo novo. Geralmente nos esquivamos ou nos fechamos. Considerar que as falhas existem é uma maneira muito saudável (e vitoriosa) de se alcançar os objetivos. Portanto, quando algo não sair exatemente como queremos, o melhor a fazer é se abraçar com o bom-humor e rir, encarando o problema de maneira positiva e leve. Lembre-se: a questão no final das contas é entre você e sua vida! Seja mais amigo de você mesmo.

Bom, pretendo atualizar agora 3 vezes por semana: às terças, quintas e domingos. Além disso, vou dar uma renovada básica no blog, afinal de contas, mudar é crescer, é evoluir. Temas e propostas são bem-vindos! Um abraço a tod@s!

terça-feira, 18 de maio de 2010

18 de maio - Dia Nacional de Luta contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolecentes

Fonte: http://naobataeduque.org.br

Muito importante essa campanha pra conscientizar que pra educar as crianças e adolescentes, é preciso primeiro educar a nós mesmos, entender que existem diferenças e que não somos os donos da verdade. Que a experiência é individual e que o amor é fundamental nessa sociedade violenta, com famílias desestruturadas e com falta de solidariedade de hoje em dia.

Não bater, não humilhar... Amar e Educar!

O que está acontecendo com nossas crianças e adolescentes? Devemos aceitar a exploração sexual como um tabu, ou vamos falar sobre ela, evitar situações com denúncias e punições legais aos que cometem esse tipo de crime?

Lembrar que as crianças e adolescentes são o futuro...que futuro teremos? E elas?

Aqui no Ceará...

O bairro de Barra do Ceará, em Fortaleza (CE), está entre os dez lugares de maior incidência do crime de exploração sexual contra meninos e meninas na capital, de acordo com o livro Os Sete Sentimentos Capitais - Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes. Dentre os 328 meninos e meninas envolvidos no problema, 13,1% moravam na Barra do Ceará e proximidades, indicou a pesquisa, realizada em 2008. Por essa razão, ocorre hoje (14), uma caminhada pelo bairro, a fim de sensibilizar a população a enfrentar o problema, especialmente com denúncias, que podem ser feitas em anonimato pelo 0800-285-0880, disque denúncia municipal.

Fonte: Diário do Nordeste (CE), Janayde Gonçalves – 14/05/2010


Breve histórico

A data foi escolhida nacionalmente em menção ao crime ocorrido em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória, Espirito Santo. Aracelli era uma menina de oito anos quando foi raptada, drogada, violentada e, já morta, teve o corpo carbonizado por um grupo de jovens da classe média alta daquela cidade. Apesar da natureza hedionda, o crime prescreveu impune.

A proposta da criação da data partiu da então deputada, hoje Deputada Federal, Rita Camata (PMDB/ES), Presidente da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente do Congresso Nacional, por intermédio de projeto de lei de sua autoria que, posteriormente, aprovado pelos congressistas e sancionado pelo então Presidente, Fernando Henrique Cardoso, converteu-se na Lei nº. 9.970/2000.

Fonte: http://www.promenino.org.br

No campo dos Direitos Humanos os marcos legais são criados como reação ao contexto violento onde há necessidade de instrumentos jurídicos para proteger pessoas vulneráveis (ou vítimas) e responsabilizar agressores. Com pressão política o mundo aos poucos admite a sexualidade como direito e a violação dos direitos sexuais como crime. O difícil é tornar o abstrato (o direito) uma experiência concreta (vida). Os grandes desafios históricos têm sido revelar ao mundo a violência que se naturalizou em diversos contextos, mostrar o panorama real do que, muitas vezes não sai do âmbito do lar; dar visibilidade, causar espanto e mudar culturas.

Fonte: http://www.inesc.org.br/

Então é isso...descruzar os braços e proteger os direitos de crianças e adolescentes! Alguém que não se sensibilize com a causa, é no mínimo desumano...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Modelo de sociedade: padrões de consumo e produção de resíduos.


O modelo de sociedade em que está pautada a atual discussão das questões socioambientais é um modelo capitalista de acumulação do capital que foi adotado desde a Revolução Industrial no século XIX. Este modelo de desenvolvimento acredita que desenvolvimento é sinônimo de crescimento econômico e resulta da implementação de tecnologias que conduzam à modernização, industrialização e urbanização. A ordem do mercado é a globalização, onde as empresas são prioridades, especialmente as multinacionais. A tecnologia deve suprir as necessidades da lógica capitalista e ajudar a sociedade a superar desafios e barreiras impostas pela natureza. Ou seja, a tecnologia à serviço do homem para dominação da natureza.

Seu berço se deu nos países ricos ocidentais, considerados pela lógica deste modelo, como países desenvolvidos sendo, portanto, aqueles países que não atingiram ainda os patamares propostos pelos indicadores econômicos, tais como o PIB (produto interno bruto), considerados ‘países em desenvolvimento’. Logo, os países em desenvolvimento devem trilhar suas economias com vistas a atingir os parâmetros de produção e consumo dos países desenvolvidos.

Mas, devido às dimensões sociais e ambientais não serem levadas em consideração como demonstrativas do desenvolvimento defendido capitalismo, aliados ao crescente crescimento populacional e supressão dos recursos naturais, este modelo logo se mostrou falho, ineficaz e contraditório. A sociedade que inclui é a mesma que exclui, o mercado que produz é o mesmo que vorazmente consome os recursos naturais e produz toneladas de resíduos sem destinação e tratamentos adequados.

A partir daí, surgiu-se intenso movimento intelectual e político em âmbito global, dentro dos mais diferentes ramos do conhecimento e esferas de atuação, de combate ao tipo de desenvolvimento defendido pelo capitalismo. Diferentes estudos, pesquisas, encontros, conferências e congressos, demonstraram e ainda demonstram a incapacidade do planeta em sustentar este sistema de produção.

Essa nova visão de desenvolvimento fez surgir idéias e ideais de uma nova sociedade: baseada em padrões de consumo praticáveis dentro da capacidade do planeta e dos recursos naturais de suportar, na solidariedade dos povos e nações frente às diferenças sociais impostas pelo capitalismo, uma sociedade pautada nos princípios de ser socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente correta, onde as necessidades atuais possam ser satisfeitas sem interferir nas necessidades das gerações futuras. Nascia o conceito de desenvolvimento sustentável.

Contudo, o legado histórico e cultural deixado pelo capitalismo, as barreiras impostas pela supremacia do capital frente às necessidades coletivas, a globalização econômica, as desigualdades sociais e os impactos ambientais planetários advindos do modelo de produção e consumo capitalistas, fazem com que a aplicabilidade deste novo conceito de desenvolvimento, seja de difícil efetivação, pois são encontrados diversos interesses conflitantes dentro da lógica estruturante e hierarquizada da sociedade do capital, onde as relações com a natureza são muitas vezes estabelecidas em favorecimento de poucos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O que vale a pena? (continuação)

Antes de tentar responder, acredito que é preciso levar em consideração três questões fundamentais:

O que vale a pena de fato se fazer com o tempo que temos?
Quais as opções e modelos que tenho para viver com qualidade?
Qual a qualidade que eu quero pra minha vida?

Assim como as diversas interpretações sobre a natureza etimológica e funcional do dia de domingo, podemos escolher diferentes alternativas para estas questões baseadas em nossa vivência pessoal e em nossos valores. Somos seres sociais (trocamos experiências com o meio que vivemos), concordo, mas acima de tudo, somos dotados da capacidade de decisão. Se eu sei que furar uma fila é errado, não é porque muita gente fura que eu vou fazer o mesmo! Agora, se eu não sei ou não dou importância a isso, ai são outros 500.

Qual a importância do tempo? Basta se imaginar em duas situações: na primeira, quando se está preso em um engarrafamento, e na segunda, quando se está com amigos jogando conversa fora. É fácil perceber qual das duas situações em que o tempo parece correr mais devagar. No meu caso, quando fiquei presa no elevador por 2 minutos, pareceu horas e horas, até que eu fosse 'resgatada'... Mas já que o tempo é relativo, ou seja, depende do valor que se dá a ele, devemos usá-lo a nosso favor e não correr contra o tempo.

Partindo desse raciocínio, decidi, a algum tempo, que não perco mais meu (precioso) tempo tentando me enquadrar em uma sociedade em que se predomina o ostracismo e a intolerância. Tenho um milhão e meio de coisas a fazer ainda em minha vida, lugares pra conhecer, filmes para ver, pessoas e músicas, e tantas outras descobertas, uma vida linda e cheia de oportunidades. Então por qual motivo eu deveria me render às pessoas negativas e suas atitudes descansadas? Por que devo permitir que certos governantes corruptos e mentirosos permaneçam impunes, alegando que sempre foi assim e que nada vai mudar? Por que tenho que aceitar que uns tenham tanto e outras quase nada? Como aceitar o que esse modelo de sociedade está fazendo com o meio ambiente? Como ficar indiferente a isso? Não conseguiria dormir a noite, não conseguiria me olhar no espelho se eu não fosse assim, eu mesma.

Esses são meus modelos e opções. E entrar na toca do coelho pra perceber a si mesmo e todas as suas fragilidades, medos e mundos desconhecidos é, muitas vezes, um processo doloroso. Como o da Fênix, que para sobreviver em um determinado momento de sua vida precisa decidir se topa se isolar, arrancar seus pêlos, retirar dela mesma o próprio bico em um processo extremamente doloroso e esperar para cicatrizar, ou então escolher a morte.

Mas para se viver é preciso superar certos desafios, passar por certas situações, o que importa é, mais uma vez, os valores que estabelecemos às coisas. E para se ter a qualidade desejada é preciso que se busque aquilo que de verdade grita dentro de seu inconsciente ( e que muitas vezes não damos ouvidos), é preciso ouvir a voz que vem de dentro, como já disseram, é preciso achar onde está a chama!

Sem mais delongas, o que importa pra mim é ser eu mesma. É amar o que amo, e quem amo, é rir do que acho graça, é chorar assistindo filme sem ter medo de parecer tola, é acreditar nas pessoas e em sua capacidade de superação, é buscar conhecimento pra contribuir com um mundo melhor, é ser parte da família que tenho ( e que não trocaria por nada nesse mundo!), é errar e aceitar que também posso errar, é me permitir enfrentar os meus medos, reconhecer o infinito de possibilidades a minha volta e sentir falta de delicadeza e solidariedade em um mundo cada vez mais dissolvido e individualista.

domingo, 25 de abril de 2010

O que vale a pena?

Domingo, início de mais uma semana de 2010, início da última do mês de abril, a última antes do fim do mês. Geralmente entendemos como início da semana a segunda-feira, mas esta só deve ser entendida de tal maneira pela ordenação de trabalho e lazer e pela normalização ISO, que analogamente considera o domingo o último dia da semana.
Já, por fundamentação bíblica e etimológica, é considerado o primeiro dia da semana e deve ser guardado às orações e ao descanso da maioria dos cristãos e povos do mundo. A palavra é originária do latim dies Dominicus, que significa "dia do Senhor". Existe, nessa mesma acepção, em castelhano (Domingo), italiano (Domenica), francês (Dimanche) e em todas as línguas de origem latina.
Já os povos pagãos antigos, reverenciavam seus deuses dedicando este dia ao astro Sol o que originou outras denominações para este dia, em inglês diz-se Sunday, e no alemão Sonntag, com o significado de "Dia do Sol". Ver mais em Wikipedia.

Pois bem, mas o que tudo isso tem a ver com o título do post? Vou (tentar) explicar.

Justamente hoje, domingo (mas que poderia ter sido em qualquer outro dia da semana), pude refletir seriamente sobre algumas características do meu modo de vida atual, as quais me surpreenderam muito, algumas me fazendo rir, outras nem tanto, mas de qualquer forma ampliando meu auto-conhecimento. Mas como foi que isso se deu?

Bom, tenho o costume de começar as coisas na segunda-feira, depois de prometê-las no domingo. Exemplo: regime/dietas, exercícios físicos, mudança de hábitos (comprei uma bicicleta), promessas de estudo, de acordar cedo etc. Mas como o desejo termina logo, acabo que por deixando muitas coisas pelo caminho (como meu regime que não deu certo até hoje!). Isso tudo gera muita frustração e descrédito pessoal. E sabe o porquê? Por que acabo enganando a mim mesma com esse tipo de promessa sem de fato incorporá-las a minha realidade e às minhas necessidades. Ou seja, entre as promessas e a efetiva realização delas, existe alguém (eu) que não se conhece o suficiente e que, portanto, não se planeja o suficiente.

Outra coisa que andei pensando hoje foi o quanto de tempo tenho dedicado à minha família? A resposta foi um pouco pesada pra mim. Acabei percebendo que tenho mais contato atualmente com as fórmulas de física e cálculo, com as reações químicas e com a vida dos microorganismos do que com o convívio com meus familiares. Por exemplo: ontem, enquanto minha irmã mais nova não subia (pois estava vendo filme no térreo com os coleguinhas do prédio), não me mantive sussegada. Imaginei mais coisas que poderiam acontecer do que as cenas do filme, aposto.
Se eu tive adolescência? Tive sim, e quem me conhece, sabe que aproveitei muito (rsrs). Mas ontem, só depois dela subir pra dormir, pude perceber o quanto o tempo passa rápido, o quanto ela já cresceu e o quanto, por conta da minha imersão em meu mundinho particular, perdi de sua vida, de seu crescimento. Não só dela, mas dos outros também.

O fato é que até hoje, mesmo com todas as experiências que tive, não aprendi ainda dividir coerentemente o meu tempo. Sei que com grande parte das pessoas também é assim e que muitas nem avaliam isso como um problema, mas sim como sendo uma característica de sua personalidade ou como resultado do modelo de vida que escolheram pra si.

Aí veio a pergunta: De tudo isso, o que vale a pena?

(continua no próximo post)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Derramamento de Petróleo nos EUA


Uma plataforma de petróleo explodiu nesta terça-feira e afundou ontem no Golfo do México, em frente à costa do estado americano da Louisiana. Onze pessoas ainda estão desaparecidas e o restante dos 115 trabalhadores tiveram que pular ao mar de uma altura aproximada de 30 metros para poderem se salvar. Foram socorridos e levados à costa, onde já estão com seus familiares. Ainda não se sabe a causa do acidente, nem as proporções dos impactos ambientais que os 42 mil litros de petróleo derramados podem causar.Ver mais em Diário do Nordeste.

Esta plataforma, a Deepwater Horizon, pertence a empresa Transocean, que trabalha para gigante do petróleo British Petroleum - BP. Não é a primeira vez que esta petrolífera BP aparece associada à más notícias. Ela, que já foi multada em US$ 373 milhões nos EUA após concordar em se declarar culpada em três processos, em que era acusada de responsabilidade na explosão de uma refinaria no Texas (2005), no vazamento de petróleo num campo do Alasca (2006) e de manipular o mercado de propano nos EUA entre 2003 e 2004. Ver mais em TN Petróleo.
Foi ela também que no dia 11/03/2010, comprou os ativos da Devon que compreende participações em dez blocos exploratórios no Brasil, entre eles o nosso vizinho na Parnaíba, além de mais participação no Golfo do México, onde ontem aconteceu o acidente, e no Mar Cáspio. Ver mais em Época Negócios.

Multinacionais como essa britânica BP infelizmente não acabam sendo verdadeiramente punidas. O que são alguns milhões de multa à uma empresa dessas, se ela gasta bilhões em suas compras para tentar dominar o mercado de petróleo? E os impactos ambientais imensuráveis que um derramamento como esse pode causar, será que a BP vai se responsabilizar?
Devemos esperar para ver! E enquanto isso, continuar contribuindo com a indústria do petróleo, andando em nossos carros e motos, sem perceber o quanto somos obrigados, pelo modelo de sociedade, a enriquecer os bolsos de empresas como esta. Afinal de contas, que alternativas temos?

Vou comprar meu pão de bicicleta, aproveito para arejar a cabeça...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Meu primeiro post !

Agora é pra valer. Nasceu!

Escolhi a data de hoje para o meu primeiro post, o Dia da Terra.
Há 40 anos atrás, um senador norte-americano, Gaylord Nelson, convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. Esta data desde então ficou conhecida como Dia da Terra, e diversos países hoje em dia comemoram. Ver mais em National Geographic Channel.
Mas será que o dia de hoje merece algum tipo de comemoração? Supondo que o planeta Terra pudesse escolher, será que ele escolheria comemorar? Não sei qual seria a resposta do planeta, mas a minha é que hoje ele não teria lá muitos motivos para festa...
O que vejo é um planeta poluído, doente, sendo cada dia mais penalizado pelo modelo de sociedade que a humanidade escolheu. A população mundial cresce absurdamente, trazendo ainda mais problemas. Os recursos naturais, as florestas, rios, oceanos, geleiras e demais ambientes naturais vão sendo tomados e destruídos pela voracidade do modelo socioeconômico vigente e o resto da história já se conhece: mais pobreza, fome, degradações ambientais, aquecimento global, desigualdades sociais, guerras, secas, crise de alimentos,etc.
Nosso planeta Terra, que deveria se chamar Água, tem-se mostrado bastante forte ao resistir a tantos problemas. Mas será que ele resistirá para sempre? Acredito que o planeta resistirá, a sociedade como hoje conhecemos é que não sobreviverá.
Acredito também que chegará um dia em que a espécie humana não será mais considerada superior frente as demais espécies. Eu mesma já não acredito nesta superioridade! Aliás, superior pra mim só Deus/Universo. E o tempo. O tempo é o Grande Senhor.
Pois bem, reflexões à parte, hoje é dia de comemoração. Dia de celebrarmos a Mãe Natureza e toda sua biodiversidade. Dia da Terra, do planeta em que vivemos e que, portanto, também é nosso dia. Eu, que pretendo com esse blog contribuir, mesmo que pouco, com a discussão de uma nova possibilidade de sociedade, onde humanidade e natureza sejam integradas por relações saudáveis e sustentáveis. A nós, humanidade, cabe a reflexão sobre nossa contribuição à manutenção da vida do planeta, desde nossos atos mais corriqueiros até nossas ações práticas de combate a degradação socioambiental. Ao planeta, cabe seguir em sua viagem cósmica pela nossa galáxia e abrigar a imensidão de vida, enquanto assim for.

Somos meros grãos de poeira cósmica. Somos seres humanos capazes de pensar e, portanto, modificar. Somos o que escolhemos ser.