domingo, 25 de abril de 2010

O que vale a pena?

Domingo, início de mais uma semana de 2010, início da última do mês de abril, a última antes do fim do mês. Geralmente entendemos como início da semana a segunda-feira, mas esta só deve ser entendida de tal maneira pela ordenação de trabalho e lazer e pela normalização ISO, que analogamente considera o domingo o último dia da semana.
Já, por fundamentação bíblica e etimológica, é considerado o primeiro dia da semana e deve ser guardado às orações e ao descanso da maioria dos cristãos e povos do mundo. A palavra é originária do latim dies Dominicus, que significa "dia do Senhor". Existe, nessa mesma acepção, em castelhano (Domingo), italiano (Domenica), francês (Dimanche) e em todas as línguas de origem latina.
Já os povos pagãos antigos, reverenciavam seus deuses dedicando este dia ao astro Sol o que originou outras denominações para este dia, em inglês diz-se Sunday, e no alemão Sonntag, com o significado de "Dia do Sol". Ver mais em Wikipedia.

Pois bem, mas o que tudo isso tem a ver com o título do post? Vou (tentar) explicar.

Justamente hoje, domingo (mas que poderia ter sido em qualquer outro dia da semana), pude refletir seriamente sobre algumas características do meu modo de vida atual, as quais me surpreenderam muito, algumas me fazendo rir, outras nem tanto, mas de qualquer forma ampliando meu auto-conhecimento. Mas como foi que isso se deu?

Bom, tenho o costume de começar as coisas na segunda-feira, depois de prometê-las no domingo. Exemplo: regime/dietas, exercícios físicos, mudança de hábitos (comprei uma bicicleta), promessas de estudo, de acordar cedo etc. Mas como o desejo termina logo, acabo que por deixando muitas coisas pelo caminho (como meu regime que não deu certo até hoje!). Isso tudo gera muita frustração e descrédito pessoal. E sabe o porquê? Por que acabo enganando a mim mesma com esse tipo de promessa sem de fato incorporá-las a minha realidade e às minhas necessidades. Ou seja, entre as promessas e a efetiva realização delas, existe alguém (eu) que não se conhece o suficiente e que, portanto, não se planeja o suficiente.

Outra coisa que andei pensando hoje foi o quanto de tempo tenho dedicado à minha família? A resposta foi um pouco pesada pra mim. Acabei percebendo que tenho mais contato atualmente com as fórmulas de física e cálculo, com as reações químicas e com a vida dos microorganismos do que com o convívio com meus familiares. Por exemplo: ontem, enquanto minha irmã mais nova não subia (pois estava vendo filme no térreo com os coleguinhas do prédio), não me mantive sussegada. Imaginei mais coisas que poderiam acontecer do que as cenas do filme, aposto.
Se eu tive adolescência? Tive sim, e quem me conhece, sabe que aproveitei muito (rsrs). Mas ontem, só depois dela subir pra dormir, pude perceber o quanto o tempo passa rápido, o quanto ela já cresceu e o quanto, por conta da minha imersão em meu mundinho particular, perdi de sua vida, de seu crescimento. Não só dela, mas dos outros também.

O fato é que até hoje, mesmo com todas as experiências que tive, não aprendi ainda dividir coerentemente o meu tempo. Sei que com grande parte das pessoas também é assim e que muitas nem avaliam isso como um problema, mas sim como sendo uma característica de sua personalidade ou como resultado do modelo de vida que escolheram pra si.

Aí veio a pergunta: De tudo isso, o que vale a pena?

(continua no próximo post)

2 comentários:

  1. É Baldez, o negócio é foda mesmo.
    As vezes eu acho que o dia deveria ter mais de 24 horas, pq sinceramente 24 horas não é o suficiente pra mim...
    E o pior, é que dia desse tava pensando
    e eu percebi que nada que eu planejei há 5 anos atrás saiu como o planejado. E olha que quando eu digo nada, foi nada mesmo.

    Adooorei teu post, bjo grande.

    =DDD

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  2. vale a pena ((( VIVER )))...
    errando ou acertando.

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